sábado, 3 de março de 2007

Dinheiro, o grande pilar do Darwinismo social
......................................
Por: Luiz Augusto Manfre
.
.
Engraçado, como o comportamento das pessoas muda de acordo com as situações as quais elas são submetidas. Não se mantém um padrão de atitudes. De acordo com o meio, as pessoas se comportam de determinada maneira. E o pior de tudo é que isso que é considerado a normalidade perante os profissionais em comportamento.
Ou seja, é normal as pessoas não serem elas mesmas, e tomarem atitudes de acordo com a necessidade e não de acordo com a sua índole.

É triste pensar que na verdade as pessoas são meras marionetes da sociedade, que a cada dia faz com que elas escondam mais suas essências, deixando de lado seu verdadeiro eu. Mas isso só acontece porque o homem busca incessantemente a sobrevivência, a auto-estima e auto-satisfação, necessariamente nessa ordem, em meio a toda a concorrência à qual ele é exposto em seu dia-a-dia.

Aí caímos na questão do darwinismo social, muitos contestam a existência de tal dinâmica para a sociedade, mas o fato é que ela é real. A sobrevivência, ou melhor, a condição de satisfazer as necessidades básicas do humano, é cada dia mais difícil, e acabamos chegando, infelizmente, a um ponto onde "os mais capacitados" sobrevivem.

Esse quadro é muito visível quando olhamos as pesquisas sobre mortalidade infantil que mostram que os maiores índices são exatamente de regiões onde as condições de vida são péssimas, e a população é paupérrima. E é desta maneira que enxergarmos nossos "mais capacitados", na verdade eles são apenas os que tiveram melhores oportunidades, os que tiveram a felicidade de nascer afortunados com a maior desgraça já inventada pelo homem, o maldito dinheiro.

Pelo dinheiro o homem se esvai, se corrompe, briga, mata, sofre, dedica sua vida. E é a posse dele que determina seu status, é pela posse dele que o homem se expõe às situações mais degradantes, é por essa maldita causa que nossa sociedade é regida. E é por isso que hoje podemos dizer que a nossa sociedade se ajusta a um processo de seleção natural, onde os que possuem maiores quantidades de um papel de procedência duvidável, são os que têm maiores chances de sobreviver e dar continuidade à sua extirpe.

É desolador pensarmos que a cada dia milhares de pessoas morrem por não terem o tão cobiçado papel para comprar comida para sanar sua fome ou medicamentos para curar suas enfermidades. E imaginar que essas pessoas tinham sonhos e vontades, e imaginar suas essências dignas que não se corromperam perante à ganância da sociedade,não passaram por cima de outros semelhantes para conseguir algo, torna mais desolador ainda o quadro em que vivemos, e torna, ainda mais, a existência de cada um dos vencedores, da corrida pela sobrevivência na sociedade, muito menos nobre.
...........................................

Um comentário:

Anônimo disse...

Matou a pau Risada, falou tudo em poucas palavras! As pessoas vendem a vida, trocam o tempo por dinheiro e desistem da arriscada luta pelos sonhos pra ficar com uma segura estabilidade fianceira.